29/01/2018

Marítimo,1 - Nacional,3

E não aconteceu o inesperado

Ou seja, tudo correu como seria de esperar…

O Marítimo perdeu, o Campeonato acabou (cedo, ainda em Janeiro) após uma 1ª volta da fase decisiva com dois jogos com perda de pontos (Machico e Nacional). Esta equipa teve o azar de ter sido escolhida pelo Clube para a implementação de novas ideias de jogo, tendo sido virada do avesso e o resultado acabou por ser ... este.


A equipa entrou defensiva. Com um meio campo a jogar baixo, sem possibilidades de ser um apoio construtivo para os avançados que lutavam sós, de costas para a baliza, no meio dos adversários. Sem surpresa, pois foi sempre essa foi a opção (desde o início da época).

O jogo teve duas partes distintas. Na primeira parte, o Marítimo conseguiu estar por cima do jogo, sempre à custa de um grande esforço do ponta-de-lança Henrique Araújo, impedindo a progressão livre do central Brazão, sempre obrigado a entregar a bola para os colegas, à distância, no meio campo do Marítimo. Aí, a concentração de jogadores verde-rubros assegurava que o Nacional não rececionava com facilidade, não conseguindo construir. Algumas oportunidades, alguns erros do árbitro, mas nenhum resultado. A bola chegava aos repelões a Henrique Araújo, Simão e Gonçalo Luis que, com poucos apoios próximos iam fazendo o que podiam. Zero a zero no descanso.

Na segunda parte, o treinador do Nacional fez as mudanças esperadas. Bom conhecedor da sua equipa e da do adversário (e fez por isso, assistindo a muitos dos nossos jogos), colocou os jogadores mais velhos pois tinha iniciado o jogo com 8 jogadores de 2002 (eram 5 no Marítimo) que, com Sidico (contratação deste ano)  viraram o jogo, concretizando três vezes, com eficácia, na sequência de jogadas apoiadas. Bastou recuar um pouco o meio campo, ocupando o espaço vazio entre linhas deixado livre pelo Marítimo, de onde começaram a partir os ataques apoiados, com sucesso.

Não se entende a opção, para o jogo, de uma nova bola (balão, saltadora) que ninguém gosta. O árbitro enganou-se algumas vezes, mas não o suficiente para ter efeitos no resultado.

O 3-1 final (golo verde-rubro de Henrique Araújo de grande penalidade) acaba por ser o tal resultado esperado, face à desadaptação evidente da equipa a um tipo de jogo que privilegia sempre a procura de bola (correria, atitude, pressão) e não a sua manutenção e posse (construção, domínio e controlo de jogo). Um sistema que, nos jogos mais equilibrados (C.Lobos na 1ª fase, União, Machico e Nacional na 2ª fase) demonstrou ser má opção pois a necessária resposta a um qualquer golo do adversário colocava a equipa sem soluções preparadas previamente para ir atrás do golo. Agora, não há remédio possível. Mais uma vez, será o Nacional a tentar o Campeonato Nacional.

Resta fazer os jogos finais deste campeonato, já sem objetivos coletivos realistas e jogar a Taça da Madeira. Ou seja, mais do mesmo… Tudo começa tarde e acaba cedo. Muito mau para os jogadores e para um processo formativo que deveria ser contínuo e evolutivo. Em crescendo…

Marítimo 2001, uma geração de futebolistas

Esta equipa, esta geração no CSM teve a sorte de ter uma formação. Vários anos com Filipe Sá, Nuno "Gamarra", Marco "Bragança" e Marco Camacho criaram, ensinaram e formaram jogadores. Acrescentaram mais-valias no seu processo de aprendizagem. É difícil encontrar uma equipa de Juvenis com tantos jogadores e que, por tanto tempo "carregam" as camisolas verde-rubras ou, outros, recentemente saídos, estão nas equipas de topo do Regional.

Ganharam nos Benjamins em 2012 [ver final]
Ganharam nos Infantis em 2014 [resumo do jogo decisivo]
E não ganharam nos iniciados em 2016 (por um golo) devido a uma decisiva má arbitragem que os impediu de acederem à fase nacional [ver jogadas decisivas do jogo]

Em 2018 não perderam por causa da arbitragem (apesar de, mais uma vez, esta se ter enganado). [ver jogadas duvidosas na 1ª parte onde o Marítimo esteve quase sempre por cima do jogo]. Perderam porque o Clube não soube aproveitar a oportunidade que teve de possuir um conjunto de executantes, à partida, superior à do Nacional. 

Nacional que perdeu pelo menos três dos seus melhores jogadores do ano passado e acabou por optar - nos Juvenis A - pela geração de 2002 (eram 8 na equipa inicial de ontem) e pelo técnico que, com eles, foi campeão de iniciados em 2017. Alguém que conhece e fez por conhecer o Marítimo e os seus jogadores. Que privilegia o ter a bola e não, apenas o ir atrás dela. Que assim, manda e decide no jogo, e que tem preparados e treinados esquemas e movimentações que criam oportunidades e originam golos.

23/01/2018

C.Lobos,0 - Marítimo,10

Um jogo que se repete mês e meio depois do da 1ª fase no qual empatamos a 1. Tudo diferente, ao se atingir, no final um resultado de 10-0, construído gradual e naturalmente. Cinco golos de Henrique Araújo, 3 de Chico, um de Gonçalo Luís e outro de Sérgio(p).


Segue-se, já no Domingo, em Santo António (13h), um jogo que se espera, não seja decisivo. Qualquer resultado que não seja a derrota, deixa tudo em aberto para o jogo final na Choupana onde, sendo assim, então tudo se decidirá.

O que se espera para Domingo? Um bom jogo e um bom árbitro. Um árbitro que não repita o que os colegas fizeram nos três últimos jogos, semelhantes, no mesmo campo, nas últimas três épocas, onde esteve (e foi sempre prejudicada, impedindo a sua participação no Campeonato Nacional) esta equipa.

Não tem sentido nomear árbitros em final de carreira, como prémio, para estes jogos. Aqui exigem-se árbitros novos, em arranque de carreira, que precisam e querem fazer as coisas bem, para evoluírem e crescerem. Bastará isso.


15/01/2018

Machico,2-Marítimo,2

No terceiro jogo, o resultado que não era desejado. Perdidos dois pontos, será necessário ganhar 4 ao Nacional o que torna tudo um pouco mais complicado.
Novo jogo em que a equipa se apresenta com um meio campo formado por jogadores defesas e ou defensivos. O que impede a criação que pode originar os golos necessários para precaver e anular aqueles que os adversários possam concretizar, por mérito próprio ou, resultantes de uma qualquer avulsa situação de jogo. Não se fazendo golos suficientes, um ou dois golos do adversário criam logo situações problemáticas. Tem acontecido isto várias vezes esta época em que deixamos de ver esta equipa (estes jogadores) a pressionar alto, a criar oportunidades e a marcar muitos golos. Jogadores como Rodrigo Andrade e Afonso Correia - no seu rendimento normal - têm feito falta.

A equipa que tem (e sabe ter) a bola não precisa de andar atrás dela. Impõe essa tarefa  e esforço ao adversário. Dessa forma, manda no jogo e, tendo a iniciativa e a bola em sua posse, pode criar e procurar o golo.

Simão marcou ambos os golos e falharam-se algumas boas oportunidades. O arbitro não se apresentou com comportamento duvidoso apesar de ser ter enganado algumas vezes, normalmente beneficiando a equipa da casa. Consideramos ter ficado por marcar um penalti (sobre Henrique Araújo) já no final do jogo, quando o Marítimo vencia por 2-1. O golo machiquense veio a acontecer já depois do final dos 3 minutos de compensação.

O Nacional venceu em Machico na 2ª jornada e contra o União, fora, ontem. Tem a sua tarefa facilitada, prevendo-se que o título se decida nos jogos entre os dois grandes.
Na próxima semana, jogo em Câmara de Lobos, onde empatamos na primeira fase...

[Resumo]